Os primeiros anos de vida de uma criança são caracterizados por rápida velocidade de
crescimento e desenvolvimento, tendo a alimentação um papel fundamental para
assegurar que tais fenômenos ocorram de forma adequada. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) recomenda que a criança seja alimentada exclusivamente com o leite
materno até os seis meses de idade, o que tem impacto positivo na sobrevida e na
saúde nessa fase e na vida adulta. A partir dos seis meses tem início à alimentação
complementar, uma vez que a quantidade e a composição do leite materno já não são
suficientes para atender às necessidades nutricionais da criança. É aí que entra a
importância da família, influenciando na educação alimentar da criança, o que requer
tempo, atenção, paciência, persistência e criatividade!
Seguem algumas dicas:
✔ Dê o exemplo
A família deve se preocupar diariamente em dar o exemplo para as crianças, em todos
os âmbitos, inclusive na alimentação. Ela observa desde muito cedo todas as atitudes
dos pais e daqueles com quem convive mais de perto, e tende a imitá-los. Sendo assim,
substitua os salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados etc, por uma rotina
alimentar que inclui frutas, legumes, verduras (e, não menos importante, água!),
consumindo-os na companhia deles. Ser o exemplo é essencial para educar as crianças
e apresentá-las à importância de comer bem.
✔ Crie o ambiente ideal para as refeições
Em casa, é importante definir o horário das refeições e garantir que as crianças comam
bem nas três principais refeições do dia — café da manhã, almoço e jantar. Para isso,
é importante que estejam ao lado das crianças, fazendo as refeições juntos e à mesa,
tantas vezes quantas forem possíveis, e buscando evitar distrações como TV,
smartphones ou tablets.
✔ Convide as crianças a participar do preparo da comida
A educação alimentar pode começar durante o preparo das refeições, ou até mesmo
antes. Convide seus filhos para estar na cozinha enquanto você prepara as refeições e
use este momento para mostrar como são feitos cada um dos pratos e deixar que as
crianças coloquem a mão na massa também. Aproveite para apresentar as várias cores,
texturas e outras características dos alimentos usados.
Quando os pratos forem servidos, as crianças terão muito mais prazer em comer o que
ajudaram a preparar!
✔ Invente cardápios variados e pratos divertidos
A criança pode ter preferência por alguns alimentos, o que é perfeitamente natural. Por
isso, oferecer os alimentos preferidos junto a outros que a criança não conhece ou
rejeita, pode facilitar a aceitação de novos sabores. A criança se acostuma com novos
sabores, mas precisa experimentar!
Reinventar receitas e a forma de oferecer e apresentar o mesmo alimento também
contribuem para uma evolução na alimentação infantil. Legumes podem ser oferecidos
como recheio em omeletes ou panquecas.
Quando a criança rejeita os alimentos:
Quando a criança rejeita um alimento, mas aceita outros do mesmo grupo, não é um
grande problema. Portanto, deve-se evitar obrigá-la a comer o alimento recusado, pois
isso pode gerar aversão. No entanto, não é para desistir. O número de vezes que se
oferece um alimento para uma criança aumenta as chances de ela aceitá-lo.
11 sugestões práticas para lidar com a criança que não quer comer
1. Fazer do horário da refeição um momento tranquilo e de prazer.
2. Variar os alimentos e procurar oferecer preparações saborosas.
3. Colocar diversos alimentos no prato para proporcionar mais opções.
4. Montar um prato com apresentação atraente para que a criança se sinta
motivada a comer.
5. Oferecer a comida da criança no mesmo horário da refeição da família.
6. Na hora de ofertar a comida, conversar com a criança e manter tranquilidade,
não deixando transparecer preocupação.
7. Não obrigar a criança a comer e não insistir para que ela raspe o prato. Parar de
alimentá-la quando perceber que ela está satisfeita.
8. Não oferecer recompensas, como doce, brinquedo, televisão, para fazer com
que a criança coma mais.
9. Se houver rejeição frequente de determinados alimentos, não deixar de oferecê-
los: apresente-os de forma diferente.
10. Se a criança recusar a refeição, não a substituir por lanches/merendas ou algum
alimento preferido pela criança. O ideal é esperar um tempo e, se perceber que
a criança está com fome, preparar um novo prato com a comida que foi oferecida
na refeição recusada; ou então esperar o próximo horário de refeição.
11. Não oferecer outros alimentos, nem o leite materno, em horário muito próximo.
A educação alimentar é um aprendizado que deve começar em casa, onde as
crianças deverão receber o exemplo e a oferta diversificada para uma
alimentação consciente e saudável.
Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/alimentacao-infantil-qual-a-
importancia-da-educacao-
alimentar/#.Xr3r_7b_pBM.whatsapphttps://minhasaude.proteste.org.br/o-que-
fazer-quando-a-crianca-nao-quer-comer/
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